Workshop Repensar a Música Electrónica : Circular 2012

CIRCULAR Festival de Artes Performativas
8ª EDIÇÃO - 21-29.09.2012
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Workshop Repensar a Música Electrónica
Miguel Pipa e Rafael Toral
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Este workshop divide-se em duas partes complementares para a exploração integrada da criatividade em música electrónica. Por via do "circuit bending", a primeira parte dedica-se à exploração e criação de novos instrumentos experimentais. Os seus resultados são então o ponto de partida para a segunda parte, que observa as propriedades musicais desses instrumentos e desenvolve um discurso musical articulado, coerente e pessoal. Integra-se assim num único percurso a criação de novos instrumentos e o estudo das suas possíveis formas musicais, promovendo sempre uma postura de liberdade criativa.
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1ª Parte | Curto Circuito Aplicado por Miguel Pipa
22 e 23 Setembro | Centro de Memória | Vila do Conde
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A música e a arte são por vezes resultado de acasos ou de acidentes que acontecem no processo criativo e que resultam numa oportunidade de explorar novas formas, novas ideias, novos conceitos. A busca destes acasos é a essência do Circuit Bending - a exploração e modificação de sons em circuitos electrónicos existentes com um fim artístico. Curto circuito aplicado consiste na descoberta de um mundo sonoro escondido em brinquedos electrónicos, sintetizadores, pedais de efeitos, samplers, walkie-talkies, leitores de cassete, telefones ou outros aparelhos, visando a sua transformação em novos instrumentos musicais com uma sonoridade única. Uma série de "extensões" (componentes, botões, fotocélulas) adaptam-nos a uma interacção humana numa óptica musical, abrindo novas possibilidades para criar e controlar sons. A experimentação é uma abordagem fundamental neste processo, em que num espírito lúdico a descoberta e a criação são inseparáveis.
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2ª Parte | Espaço Musical Aplicado por Rafael Toral
29 e 30 Setembro | Centro de Memória | Vila do Conde
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A música electrónica tem-se orientado ao longo da sua História mais para a fonte sonora (tecnologia) e para o objecto sonoro (a composição acabada) que para o músico (decisão em processo). Ao contrário do que acontece, por exemplo, no jazz, o indivíduo raramente é fulcral no processo criativo. Mais preocupado com o músico do que com o instrumento, Rafael Toral pesquisa sistematicamente as possibilidades humanas em performance, numa reavaliação fundamental e pessoal da concepção, performance e experiência da música electrónica.
Espaço musical aplicado é a parte do workshop que questiona como tomamos as decisões ao tocar música. Dirigido a músicos que usam instrumentos electrónicos não convencionais, construídos ou modificados na cultura de hacking ou circuit bending, levanta questões fundamentais sobre o que fazer com eles, ultrapassando uma prática experimental em direcção a um sistema disciplinado e livre. O workshop fornece aos participantes ferramentas conceptuais para estruturar o seu próprio discurso musical.